O que aprendi no ano que passou
Ainda bem que 2018 acabou, pois foi um ano difícil, com
doença em família, perda de uma pessoa querida que partiu deste mundo deixando
um vazio imenso e outros desacertos que foram se acertando aos poucos.
Tem um meme que circula nas redes sociais que diz: “Às vezes
você ganha, às vezes você aprende”. Perfeito! Aprendi muito no ano que passou e
foram aprendizados valiosos.
Vou colocar os títulos dos itens de meus aprendizados do ano
na terceira pessoa porque tenho certeza que você vai se ver em um ou mais deles
(quem sabe em todos eles)
1. Não dá para agradar todo mundo
Quando eu fiz terapia, descobri que eu tenho o hábito de
querer agradar a todos e isto nem sempre é bom, pois se esse agradar não chega
a me anular como pessoa, faz com que eu me magoe quando vejo que não consigo
agradar certas pessoas, por mais que eu me esforce para isso.
Este ano desmoronei por duas vezes ao sentir que eu
incomodava e aborrecia duas pessoas das quais eu gosto muito. De certa forma isso
me deprimiu e fez com que eu procurasse abrigo debaixo das asas de pessoas que
eu amo e que eu sei que eu gostam de mim. Só consegui parar de sofrer quando
assumi que eu vou continuar gostando dessas pessoas até o último dia de minha
vida, independente de gostarem de mim ou não, mas isso não significa que eu vou
me humilhar e insistir para que me amem do tanto que eu as amo. Simplesmente
vou aceitar que não sou amada por elas, o que não muda em nada o meu gostar,
mas me dá a liberdade de guardar uma certa distância para não incomodá-las
mais.
2. Nem tudo é o que parece
Já vi denúncias apontando que o que as redes
sociais mostram não é bem realidade das pessoas, mas por mais que digam que tal
sorriso é falso, que aquela casa não é de Fulana, que Beltrana não é tão bem
casada quando tenta parecer ser, sempre tendo a acreditar no que vejo.
Num dos meus perrengues do ano que passou, procurei ajuda de
uma amiga virtual que passou por algo semelhante ao que eu estava passando e
quis saber como ela tinha conseguido superar tão bem todas as adversidades que
tinha vivido, pois a vida virtual dela é puro glamour, com fotos bem feitas,
viagens paradisíacas, roupas de griffe e milhares de seguidores apaixonados por
ela. Foi aí que veio a bomba quando ela me disse que não tinha superado nada!
Que uma coisa era a vida virtual, outra era a vida real, e que a vida real dela
não era nada glamourosa, sendo que se sentia sem amigos por perto para ajudá-la
nas horas difíceis.
Foi aí que me dei conta que fotos são só momentos e que por
trás destes momentos têm pessoas reais que se preocupam com a solidão, com medo
do abandono, com contas para pagar, com doenças em família e todos os
perrengues que todo mundo enfrenta mais dia, menos dia.
Nada contra deixar as redes sociais mais bonitas com fotos
bem tiradas de gente bem vestida e sorridente, mas não acredite em tudo que as
redes sociais mostram, pois as pessoa são mais complexas do que fotos
coloridas.
3. O valor das pessoas aumenta quando você vê a
possibilidade de perdê-las
Por mais que você ame uma pessoa, por mais que ela seja
especial para você, você só vai entender o valor dessa pessoa quando você fica
na eminência de perdê-la.
Esse ano meu marido foi hospitalizado e passou por momentos
muito difíceis. Ao vê-lo debilitado, com dor, senti um medo imenso de perdê-lo,
pois eu não sei o que seria da minha vida sem ele. Meu marido é uma pessoa
maravilhosa que deu um novo sentido à minha vida no momento que ele entrou
nela. Praticamente devo a minha vida a ele, pois enfrentei um câncer junto com
a Doença de Alzheimer de minha mãe e ele foi a mão forte que me segurou à tona
quando eu afundava num mar de problemas.
De repente a situação se inverteu e o doente era ele.
Quando eu estava com câncer, num ato de desespero ele me fez
prometer que eu não morreria, e eu prometi e cumpri. Ao vê-lo doente entendi o
desespero dele diante da minha doença.
Se ele para mim era uma das pessoas mais importantes da
minha vida, após a doença que ele enfrentou, hoje ele é a minha vida.
4. Algumas pessoas têm inveja de você e você nem se dá conta disto
Todo mundo têm pessoas na vida que em determinado momento se
afastam, seja devido a uma mudança de cidade, de casa, de emprego, ao nascimento
de um filho, mas essas pessoas, embora não estando tão próximas continuam sendo
especiais para a gente.
Esses afastamentos muitas vezes fazem com que as relações
esfriem um pouco, e eu sempre considerei isso natural.
Uma pessoa que sempre foi uma queridona para mim, e que eu
via quase como uma filha, pois quando a conheci ela tinha 5 anos e eu 15. Ela
era a irmãzinha que eu sempre quis ter e nunca tive.
Meu carinho por essa pessoa sempre foi muito grande e sempre
procurei agradá-la e socorrê-la sempre que precisou de alguma ajuda.
A vida nos afastou pelas contingências da vida, mas sempre a
presenteei nas ocasiões especiais, embora não recebesse nenhum presente dela,
mas cada um é de um jeito e eu adoro dar presentes. Não posso obrigar ninguém a
retribuir, não é mesmo?
Nunca deixei de ir às festas para as quais ela me convidava,
nunca deixei de telefonar nas datas festivas, sempre que notava que ela estava
precisando de algo material ou espiritual, entrava em contato e me colocava à
disposição para o que ela precisasse.
Até que aconteceu uma briga com uma pessoa querida e eu pedi
para que me ajudasse a me aproximar da pessoa com quem eu tinha me desentendido
e levei um susto enorme, pois ela quase me falou: “bem feito!” Me julgou sem
saber dos fatos, me jogou coisas na cara que eu jamais imaginei que ela
guardasse no coração, vez que sempre dei o meu melhor para ela.
Fiquei pasma! De repente vi esta pessoa tão nua quanto
jamais tinha conseguido ver! Ela nunca foi minha amiga! Ela me invejou desde o
dia que eu a conheci quando ela tinha 5 anos de idade! Conforme ela ia
crescendo, eu achava que o fato de me copiar era uma coisa de adolescente, de
irmã mais nova, mas não era, era inveja!
Essa pessoa era e é uma invejosa plena, daquelas que não
quer ter o que eu tenho, mas sim quer que eu não tenha nada de bom. Se puder
tomar, toma, se puder envenenar, envenena, se puder machucar, machuca.
Passei uma existência sem ver a inveja dela!!! A primeira
vez que precisei minimamente dela a inveja transbordou, a máscara caiu e eu me
choquei ao ver a pessoa horrível que ela sempre foi.
Tome cuidado com a inveja, acho que não tem sentimento pior
que um ser humano pode cultivar do que a inveja, e acredite, a inveja existe e
pode estar sentada ao seu lado sem que você esteja conseguindo ver.
5. Você é melhor do que você pensa
O ano que passou foi um ano de aprendizados alegres também.
Se você me acompanha nas redes sociais deve ter notado que eu participo da
Sociedade Italiana Dante Alighieri e eu comecei de mansinho a convite de uma
amiga.
Sempre fui muito bem recebida e neste fim de ano, a
presidente da Sociedade me citou no discurso de encerramento, dizendo que eu
sou uma pessoa agregadora. Foi aí que eu me dei conta que minha mesa estava
lotada de amigas, amigas que foram chegando, sentando e ficando. Chegou num
ponto que várias pessoas pedem para ficar na mesa da Betty, e quando não tem
lugar, pedem para colocar uma mesa perto da mesa da Betty. A Betty sou eu!
Quando eu cheguei lá, era eu e essa amiga que me apresentou,
mas o tempo foi passando e as pessoas chegando e me abraçando ou se sentindo
abraçadas por mim. Sei que sou mais informal, mas light que a maioria das
pessoas, e acho que isto tem me ajudado a me relacionar nos ambientes que eu
frequento.
No Palace Hotel, em Poços de Caldas, começou a acontecer a
mesma coisa, a mesa da Betty começou a ficar concorrida! Meu marido disse que
eu estava mudando e mudando para melhor, que eu ando mais afável e que as
pessoas têm se aproximado mais de mim.
Fiquei super feliz com essa constatação, afinal, sou melhor
do que eu julgava ser!
6. Algumas pessoas são verdadeiros anjos
Assim como algumas pessoas nos decepcionam, outras nos
surpreendem para melhor e o ano que passou foi um ano de consolidar amizades
antigas, aprofundar amizades que antes eram rasas e fazer novas amizades.
Verdadeiros anjos apareceram em minha vida e alguns anjos
são meio bravos, pois querem tanto cuidar de mim que às vezes me puxam a orelha
para me mostrar que ando me descuidando.
Sabe quando você olha para uma pessoa e pensa que gostaria
de ter conhecido ela antes, pois teria sido mais feliz antes se isso
acontecesse? Pois é, isso aconteceu várias vezes no ano que passou.
Ganhei flores de quem não esperava, ganhei presentes de
gente bonita e sincera, ganhei amigos onde antes só existiam conhecidos!
Só de olhar para as pessoas do bem que entraram na minha
vida no ano que passou, tenho certeza que o ano valeu a pena ser vivido.
Existem anjos ao nosso lado, mas para que eles possam se
aproximar é preciso estar atenta, armar um sorriso e saber recebê-los com muito
carinho e sem nenhum preconceito, pois alguns anjos não são nada parecidos com
você, pelo contrário, são tão diferentes que se você acreditar que só os iguais
se atraem, vai deixar escapar ótimas oportunidades.
E você, quais lições aprendeu no ano que passou?
Foto: Pixabay
ah adorei esse post, lições de vida muito valiosas mesmo! que venha 2019 nos mostrar ainda mais coisas bacanas
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
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Oi Betty,
ResponderExcluirQue bacana sua reflexão sobre o ano passado!
Certamente, me vi em muitos dos seus relatos, "ganhando e aprendendo"!
Beijo carinhoso!
Oi Betty, eu também fiz uma reflexão sobre 2018 e olha que mais ganhei do que perdi, ainda bem, rsrsrs Que 2019 seja um ano maravilhoso para todos nós e vai ser!!!
ResponderExcluirBeijosss!!!