A Intrometida um filme sobre a vida de mães e filhas

Comecei a assistir A Intrometida por causa da Susan Sarandon, uma atriz que eu adoro, e não me arrependi. O filme é ótimo e muito emotivo, mas sem ser piegas. Prepare-se para rir, chorar, mas acima de tudo refletir sobre a solidão das pessoas no mundo atual.

Resenha

Marnie Minervini (Susan Sarandon) ficou viúva e resolveu se mudar para Los Angeles, na Califórnia, para ficar perto da filha, Lori (Rose Byrne), que é solteira e trabalha como roteirista.

Em uma cidade onde ela não conhece ninguém, passa a preencher seu tempo indo atrás da filha de maneira quase exaustiva. Ela telefona vária vezes ao dia, vai até a casa da filha sem ser chamada, se intromete num relacionamento fracassado da filha, enfim, só não faz da vida da filha um inferno porque faz tudo isto com muito amor e com a melhor das intensões.

Marnie está sofrendo com a perda do marido, que não consegue esquecer, e Lori, está sofrendo a perda do pai e também com o fim de um relacionamento.

Porque assistir

O filme mostra a solidão das pessoas nos dias atuais, principalmente a solidão das mães que já criaram seus filhos e sofrem com o ninho vazio. Mas Lori também é uma solitária e também está buscando um lugar no mundo, só que o sofrimento de Lori é intensificado por aquela fase decisiva na vida de uma mulher em que a chance de ser mãe está acabando e não conta com um companheiro para esta finalidade.

Embora possa parecer um filme triste, não é, pois o filme tem ótimos momentos, com muita ternura e até mesmo boas risadas.

Marnie vai encontrando o seu espaço no mundo novo em que está vivendo e o seu encontro com Zipper (J.K. Simmons) mostra que amor e companheirismo não dependem de idade.

Preste atenção

A cena onde Mark (Michael Mckean), pai de uma das amigas de Lori, vai levar Marnie para casa é de chorar de rir. É uma das cenas mais engraçadas que eu já vi em um filme e é totalmente inesperada!

Moda e Figurino

O figurino de Marnie é o de uma senhora, com roupas bem casuais, mas Marnie é Susan Sarandon e tudo fica fantástico nela.

Preste atenção no vestido vermelho com que ela vai em um casamento. Não é para qualquer mulher sustentar um look daquele, mas Susan Sarandon pode tudo e muito mais (bateu até uma invejinha branca daquela danadinha).

Se você é mãe de filhos adultos, vai amar o filme; se você é filha de uma mãe, com a qual já não mora mais, vai entender o que é lidar com as emoções de uma pessoa adulta e solitária que precisa da sua atenção.

É um filme mais feminino, mas homens também podem gostar e se identificar com a história.

Não é um filmão, não espere uma história mirabolante, mas no fundo, é a história de todas nós, seja como mãe, seja como filha.