A Esposa é mesmo um filme feminista?
Eu me sentia em dívida com o filme “A Esposa”, mas ele não
veio para as salas de cinema de Bauru, e acabei assistindo on line, o que não
era meu desejo. Adoro o trabalho da Glenn Close e depois de ver “A Esposa”,
tenho certeza de que ela foi injustiçada, pois era a sua sétima indicação ao
Oscar, e esse Oscar era dela por pleno merecimento. Glenn Close perdeu o Oscar
para a atriz britânica Oliva Colman, em “A Favorita”. Nada contra Colman, que
desempenhou muito bem seu papel, mas passou longe da grandeza da Glenn Close,
em seu papel de Joan Castleman, em A Esposa.
Resenha
Joan é uma esposa submissa, ou mais do que isto, pois ela
chega a ser subserviente. Ela desempenha múltiplos papeis como esposa, mãe,
revisora de textos do marido escritor consagrado (Joe Castleman – Jonathan Pryce),
baba do marido, enfermeira, camareira, datilografa. Sua vida parece se resumir
ao marido, que além de escritor é um galinha que cisca entre as suas alunas, sendo
que Joan foi uma delas.
Ela é apaixonadíssima pelo marido e se tornou a sua segunda
esposa, vez que a primeira o deixou, já tendo uma filha com ele, quando
descobriu que ele a traia com Joan.
Joan tem dois filhos crescidos, sendo um moça, que está
grávida e um rapaz, David (Max Irons), que está tentando ser escritor como o
pai.
Tudo parece correr bem, até o momento em que Joe é indicado
para receber o Prémio Nobel de Literatura, e todas as mágoas começam a vir à
tona.
Porque assistir
O filme tem um forte viés psicológico, pois retrata uma
família e uma vida disfuncional que, para quem vê de fora, parece perfeita e
feliz.
Muita gente aponta o filme como feminista, pois a submissão
de Joan chega a incomodar a quem assiste ao filme. Joe é dominador e coloca
Joan numa posição inferior a sua, mas em determinado momento do filme a gente
descobre que a sua primeira esposa, depois de se libertar dele se tornou um a
psiquiatra muito bem sucedida, e a sua filha do primeiro casamento é uma dentista
com muito sucesso na profissão. Por que
Joan não fez o mesmo? No decorrer do
filme a gente descobre que Joan poderia sim ter se libertado.
Preste atenção
A atuação de Glenn Close é primorosa e sua expressão fácil diz
tudo o que ela está sentindo sem que ela precise dizer nada. Ela transmite uma
fúria contida que vai se intensificando a medida que o filme vai se
desenrolando.
O filme se propõe a ser um suspense, e contem em si uma revelação,
mas na verdade ele vale mais pelo drama psicológico da trama.
Se você assistiu “A Favorita”, vai ficar se indagando a
razão de Glenn Close não ter ganhado o Oscar, pois a sua atuação foi pra lá de
merecida.
Olá Betty
ResponderExcluirConfesso que ainda não sei se gostei ou não do filme.
Poderia dizer que é feminista já que ela dizia que não era vítima e fundamentalmente ele dependia do talento dela, masssssss me incomodou bastante a subsersubserviência dela :/
Tb não gostei da "solução" do roteiro porque agora que ela poderia escrever os livros que quisesse, sempre haveria a pegada das obras anteriores.
Mesmo levando em consideração o viés crítico de mulheres que tem as carreiras desmerecidas pelo simples fato de serem mulheres e que cada casal tem uma dinâmica, acho que o filme se situa numa linha tênue entre opressão e romance (mesmo com mágoas).
Sem dúvida (apesar de eu gostar bastante do trabalho da Olivia Colman) acho que a Glenn Close merecia o Oscar pela protagonista complexa e com várias camadas.
Adorei o post.
Desculpa aaaeee o comentário grandão
Ótimo fds pra ti e todos aí
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
Eu fiquei decepcionada com a personagem, pois além de se submeter ao anonimato e entregar seu talento para o marido, ela ainda era traída por ele! Ela tinha tudo para se libertar, só uma paixão poderia justificar o que ela fez.
ExcluirBejs
Oi, Betty
ResponderExcluirEsse filme me deu raiva rsrs. Acho que a Joan poderia ter revelado a verdadeira face do marido ao mundo pelo menos no final do filme. E, sim, concordo com você que a atuação da Glenn Close está primorosa.
Beijos
Tb fiquei p*** com a Joan, mas existe uma hitória real muito parecida com a da Joan, a da Margaret Keane, conhecida como a pintora Big Eyes, cujo marido assinava as obras que eram dela, mas chegou uma hora que ela se libertou dele.
ExcluirBeijos
Oi Betty, ainda não assisti e então não saberia opinar. Já está na minha lista de filmes para as férias.
ResponderExcluirBeijossss!!!
bom dia,já assisti,achei o filme interessante,elenco de primeira, roteiro dez, gosto muito da Glenn Close, e tb da Oliva.
ResponderExcluirAchei a Glenn Close perfeita neste papel de Joan, e não consigo imaginar outra atriz para dar tanta veracidade à personagem.
ExcluirBeijos
OI Betty, eu achei o filme sensacional e a Glenn Close está maravilhosa. Como você disse, a expressão facial dela transmite todos os sentimentos, emoções e sensações.
ResponderExcluirbeijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook
Oi Chris,
ExcluirEla se superou com esta interpretação, o Oscar tinha que ser dela!
Beijos