Eu Não Sou Um Homem Fácil – um filme feminista, graças a Deusa!
Para atravessar este tempo de quarentena estou procurando me
focar no lá bom da vida e tenho passado longe de filme dramáticos, cheios de
chororós e estou procurando ver mais comédias e romances leves. Longe de mim os
arautos do apocalipse que estão proliferando em todas as redes sociais, não
pretendo ser mais uma ave agourenta neste tempos difíceis; e foi procurando por
uma comédia na Netflix que me deparei com Eu
Não Sou um Homem Fácil. Eu fiquei meio com medinho deste filme, pois pensei
que seria uma bobagem do gênero Como
Perder Um Homem em Dez Dias, e outras comédias bobinhas que podem até ser
divertidas, mas no fundo são mais do mesmo, mas resolvi arriscar por ser
francês e os filmes franceses têm me surpreendido para melhor nos últimos tempos.
Resenha
Damien (Vincent Elbaz) é o típico machista que não tem ideia
de que é machista, vive soltando piadinhas bobas para as mulheres a sua volta,
vira-se na rua para olhar o traseiro das mulheres que passam, é bonito,
solteiro e bem sucedido profissionalmente. Nunca se apega a nenhuma mulher, todas
são encaradas como objetos.
Um dia, andando na rua, ele se vira para olhar uma garota e
bate com tudo a cara num poste caindo desacordado. Quando recobra a consciência
se vê num mundo onde os papeis se inverteram, as mulheres são quem mandam.
Nesse mundo em que Damien se encontra agora ele é um objeto
de desejo e tem que ouvir piadinhas infames das mulheres, a depilação é
praticamente uma obrigação para aos homens, eles têm que se cuidar para não
serem estuprados. Inconformado, ele acaba sendo despedido da empresa onde
trabalha e se vê obrigado a encarar trabalhos menores, como o de secretária de
uma escritora chamada, Alexandra (Marie-Sophie Ferdane). Alexandra é exatamente
o que ele era no mundo anterior, ou seja, bem sucedida, bonita, não se envolve
com nenhum homem, tem uma coleção de casos e todos os homens são objetos para
ela.
Nesse novo mundo não existe feminismo, mas sim masculismo,
ou seja, a revolta de alguns homens que querem a igualdade dos sexos e saem
pelas ruas com seios de borracha reivindicando os seus direitos.
Porque assistir
O filme lida com os estereótipos de maneira engraçada e bem
leve. A medida que vai se desenrolando a gente acaba vendo que já passou por
algumas situações constrangedoras como mulher, que no filme são atribuídas aos
homens, como o fato do pai de Damien cobrar dele uma esposa e filhos, pois logo
ele perderá a chance de ter filhos.
É impossível não olhar com simpatia para o feminismo depois
de assistir Eu Não Sou Um Homem Fácil,
pois ele mostra a enorme dificuldade de ser mulher nos dias atuais.
No filme os homens devem parecer sexies sem serem vulgares,
devem se cuidar para não engordarem, devem malhar, têm medo de envelhecer e
serem trocados por um homem mais jovem, seguram seus casamentos fazendo vista
grossa para a infidelidade das mulheres.
Preste a atenção
Eu Não Sou Um Homem
Fácil tem cenas memoráveis, como quando Damien se dá conta da inversão dos
papeis de seus pais e sua mãe age duramente com o seu pai, que se mostra
submisso.
Outra cena muito boa é quando Alexandra leva Damien para um
boate de pole dance e os dançarinos são homens. Preste atenção na plateia.
A inversão de papeis parece não ter atingido aos gays, e eles
expressam toda a feminilidade como travestis e drag queens.
São tantas cenas fantásticas que eu direi que você deve
prestar atenção ao filme todo.
Cenário – Figurino - Trilha Sonora
O filme não tem altos cenários e nem um figurino que chame a
atenção, mas mostra um lado de Paris que nós, como turistas, não costumamos
ver, e é muito legal ver Damien caminhando por ruas parisienses e pegando uma
bicicleta no bicicletário de rua.
A trilha sonora é muito boa, mas boa mesmo, com destaque especial
para Lo-Fang, cantando You’re The One That
I Want, um verdadeiro tesouro que incorporei a minha playlist.
Embora Eu Não Sou Um
Homem Fácil seja um filme feminista e feminino, vai agradar a ambos os
sexos por ser um filme engraçado e inteligente. Taí um filme que vai fazer sua
quarentena valer a pena.
Oi Betty... assiti faz tempo esse filme e achei hilário, só não entendi bem o final, parece que ficou meio solto, sei lá.
ResponderExcluirMas é muito engraçado ver os papéis invertidos, rsrsrs
Em tempo: meu marido detestou, rsrsrs
Beijosss!!!
Achei que a ala masculina também iria gostar!!! Então não é bem assim...
ExcluirBeijos
Kkkk que legal adorei a postagem,gosto desses estilos de filmes.
ResponderExcluirEste vc vai amar!
ExcluirBeijos
Estou gostando muito dos filmes franceses, já assisti vários,vou buscar este.
ResponderExcluirValeu a indicação. Também procuro assistir filmes "romance água-com-açucar", comédias inteligentes ... nesses tempos de pandemia precisamos de leveza.
blogjoturquezzamundial
Beijos.
Tô fugindo de calameidades e dramas, para mim basta o que estamos vivendo!
ExcluirBeijos