La Belle Époque uma comédia romântica da terceira idade
Fazia tempo que eu não encontrava uma comédia romântica que
valesse a pena assistir e indicar, pois La Belle Époque, do diretor Nicolas
Bedos, é uma comédia romântica tão boa quanto as comédias românticas dos anos
90, só que é uma comédia romântica da terceira idade, ou quase isto, pois,
embora o casal principal, Victor Drumond (Daniel Auteuil) e Marianne(Fanny
Ardant), seja de atores com mais de 60 anos, o filme desenrola uma trama
paralela com um casal mais jovem, Antoine (Guillaume Canet) e Margot ((Doria
Tillier), mas que igualmente se encontra desestabilizado e com problemas.
Resenha
Victor é um cartunista que não se adaptou aos tempos atuais.
Ele está desempregado, ainda desenha com lápis e papel, não interage nas redes
sociais e é praticamente um analfabeto digital.
Ele é casado com Mariane, uma médica psiquiatra bem
sucedida, bonita, que além de estar com Victor pela tampa, ela está na idade da
loba. É linda, se sente jovem e arrumou um amante, François (Denis Podalydès).
Numa discussão ela coloca Victor para fora de casa e ele
resolve participar de um evento dirigido por Antoine, que seria um tipo de
parque de diversões. Nesse parque de diversões ele pode escolher que época
gostaria de viver na história, e que história gostaria de encenar. Esta
encenação é feita com atores e cenários que buscam ser o mais realista
possível, e as pessoas podem conviver com Maria Antonieta, com Hittler ou qualquer
personagem que desejem, mas Victor escolhe voltar nos anos 70, no dia em que
conheceu Marianne, pois ele acha que aquele foi o dia mais feliz da vida dele.
Victor conheceu Marianne quando ela era estudante de
medicina, em um café parisiense chamado La Belle Époque (daí o nome do filme) e
é num cenário igual a este café que ele vai encontrar a sua Marianne de 1974,
vivida pela atriz Margot, que é a namorada do diretor do empreendimento,
Antoine, cujo relacionamento está bem desgastado por inúmeras brigas e também
pelo temperamento egocêntrico de Antoine.
Margot não se parece com Marianne, mas está caracterizada
para chegar mais perto possível do que Marianne era na juventude.
O problema começa a acontecer quando Margot começa a sair do
roteiro estabelecido e levar Victor para dentro de sua vida pessoal.
Porque assistir
O filme é de um romantismo delicioso, mas nada piegas, pois
os anos 70 foram os verdadeiros anos loucos, com muito rock and roll, muito
ácido, muita maconha e orgias.
A reconstituição dos anos 70 está perfeita, tanto nas
roupas, quanto nas músicas e nos costumes. Só pela reconstituição já valeria o
filme, mas La Belle Époque vai bem
além disto, pois é uma comédia romântica com um ritmo rápido que obriga que
você fique com os olhos presos na tela esperando pelas guinadas que o roteiro
vai dando.
Preste atenção
Fanny Ardant é linda, sempre foi! Ela está com 70 anos e continua sendo sexy,
de uma sensualidade que transborda e envolve.
Uma das melhores partes do filme La Belle Époque é ver que
como Marianne (Fanny Ardant) vai se aborrecendo com o amante François, que
inicialmente parecida tão excitante em comparação com o seu marido Victor. Ela
vai se dando conta, aos poucos, que Victor faz muita falta e que a vida sem
ele, que parecia o rei do tédio, é uma vida entediante.
Quando eu comecei a assistir La Belle Époque, senti uma
sensação de déjà vu e em alguns pontos me lembrou a comédia Meia-Noite Em Paris, de Woody Allen,
pois o personagem se vê transportado para uma outra época, mas diferente de Meia-Noite em Paris, em que Gil Pendler
(Owen Wilson) realmente se transporta no tempo, Victor não sai do ano que está,
e ele sabe que está num cenário que representa 1974, mas que não saiu realmente
do tempo atual.
Existia um seriado nos anos 80, chamado A Ilha da Fantasia, que lembra mais a comédia romântica La Belle Époque, pois neste seriado, os
visitantes de uma ilha paradisíaca, comandada por pelo Sr. Roarke (Ricardo
Montalban) e seu fiel escudeiro Tattoo (Hervé Villachaize), um anãozinho que se
vestia igual ao patrão, podiam ter seus desejos realizados mediantes encenações
daquilo que queriam viver ou reviver.
Mas a verdade é que La Belle Époque é um filme único, com um
toque de romantismo contagiante e que faz a gente ficar pensando que época da
nossa vida gostaria reviver, como Victor fez.
Eu não encontrei link pago para assistir a comédia romântica
La Belle Époque, mas existe uma
ótima cópia gratuita AQUI, só que é aquela história: tem que clicar em um monte
de anúncios até conseguir entrar, mas não precisa fazer nenhum cadastro.
Ah, quero assistir. AMO a Fanny Ardant, sempre belíssima. <3 <3 <3
ResponderExcluirNão assisti esse, é novo.
ResponderExcluirVou procurar. Casei em 1970, vou gostar de rever rsrs
Valeu a dica.
blogjoturquezzamundial
Beijos.