A vida é frágil e não vale a pena arriscá-la por um chopp gelado
Acho que estou ficando paranoica com esta pandemia... Estou
vendo amigos e parentes viajando, saindo, gente sem máscara para todos os
cantos e festas e mais festas, sem respeitar minimamente o isolamento social.
Estou em uma área em que os casos de covid-19 estão em alta, mas na verdade
pouco importa se estão em alta ou em baixa. No Brasil, no domingo a média móvel
foi de 544 mortes pela doença, o que indica que a contaminação está caindo, mas
eu acho que o número é alto, muito alto!
Nas últimas 24 horas, no sábado, foram mais de 34.000
infectados.
Imagine que tivessem só 6 infectados na cidade de Bauru, o
que seria ótimo não é? Ótimo coisa nenhuma! Basta que você vá a um barzinho e
um desses 6 tenha sentado na mesma cadeira que você se sentou, para que possa
ocorrer uma contaminação. Sei que muita gente não está pegando, mas você sabe
como está sua imunidade hoje? Já me aconteceu de viajar num final de ano e
pegar herpes zoster, um tipo de doença doloridíssima e que uma das causas é
baixa resistência orgânica. Eu estava ótima, parecia ótima, e peguei. Imagine
pegar covid-19 e ir parar num respiradouro, para não falar em desfecho ainda
pior.
Eu sei que a vida tem que continuar. Esta semana vou ter que
ir a trocentos lugares para dar andamento a alguns negócios. Vou tomar todo o
cuidado possível para não contaminar e nem ser contaminada, eu vou porque é
necessário. Meu marido vai ter que fazer fisioterapia, ele precisa, não é para
se divertir e nem ficar bonito, vai por absoluta necessidade. Minha enteada
está trabalhando presencialmente e viajando muito a trabalho, são coisas da
vida.
Mas daí a sair para ir para um hotel de turismo onde não sei se quem
arrumou minha cama está contaminado, me parece uma loucura!
Quando vou à manicure, ela desinfeta minha cadeira antes que
eu sente, o mesmo acontece no dentista, mas alguém anda desinfetando cadeiras em
restaurantes e barzinhos?
Talvez eu tenha uma consciência exacerbada da fragilidade da
vida, pois tive câncer de mama e sei o que é frequentar clínicas e hospitais na
incerteza do resultado final, embora todos os médicos sempre tivessem um
sorriso amarelo na cara prometendo que o melhor viria.
Além do meu câncer, fiquei com meu marido internado 5 dias
por causa de um infarto e anos depois ele ficou internado 11 dias devido a uma
hemorragia causada por um problema na próstata, com três cirurgias de
emergência e ida para a UTI por dois dias.
Eu sei que a vida é frágil e deve ser preservada, então não
me sinto confortável em arriscá-la por uma caneca de chopp!
Não quero julgar quem saí para se divertir, mas ao menos
certifique-se que de não estar colocando o seu semelhante em risco, mesmo que a
você pouco esteja se importando em se arriscar neste momento de incerteza.
Foto Fábio Alves via Unsplash
Oi Betty... por aqui quase nem estamos saindo, só estamos fazendo as atividades físicas, mercado, farmácia, médicos... mas estamos nos reunindo em Família, com todos os cuidados, distanciamento, não dá para ficar sempre na redoma.
ResponderExcluirBeijosss!!!
Eu ainda estou na redoma, mas recebo familiares e amigos em casa, pois estamos muito isolados. Estou esprançosa com esta queda de casos, mas ainda prefiro não me arriscaar.
ExcluirBeijos
Betty, por aqui uns seguem à risca as indicações da DGS outros não ligam nada. Concordo plenamente com seu texto. Temos que ter cuidado, mas tem dias que temos mesmo que sair, vamos de máscara (a partir de hoje é obrigatória na rua) Aqui por Lisboa os casos aumentaram, as aulas eram pela net passaram a ser presenciais com todos os cuidados, entram com as devidas cautelas, mas e quando saem e se penduram no pescoço uns dos outros. Que Deus nos proteja. Beijos menina
ResponderExcluirOI Julia,
ExcluirAqui ainda não temos aulas presenciais. Teoricamente as máscaras seriam obrigatórias nas ruas, mas só a minoria usa, e nem dá para culpar, tivemos alguns dias de 41 graus!
Aqui ainda não tivemos a segunda onda, mas tenho muito medo.
Esta semana estou trabalhando muito fora de casa, com todo cuidado possível. Que Deus me proteja!
Beijos