Albert Nobbs um filme sobre identidade de gênero com Glenn Close
Resenha
A trama do filme se passa no século XIX, na Irlanda, numa
época em que os preconceitos contra homossexuais, mães solteiras e qualquer
indício de sexualidade diversa do que era tido como normal, era severamente
punido.
Albert Nobbs é uma mulher que há mais de 30 anos assumiu a
identidade de homem, se veste como um homem e trabalha como garçom em um hotel.
O Sr. Nobbs é o garçom perfeito, muito calado, tímido, solícito e não se
envolve nem com os clientes, nem com seus colegas de trabalho. Por ser um
pessoa muito fechada, ninguém percebe que ele não é um homem, mas sim uma
mulher travestida em homem.
O sonho de Albert Nobbs é guardar dinheiro para montar uma
tabacaria e tudo o que ele(a) ganha, guarda em uma tábua solta no assoalho do
quartinho modesto onde mora, dentro do próprio hotel onde trabalha.
Tudo muda no dia em que um pintor de paredes, o Sr. Hubert Page, vai fazer um serviço no hotel e Albert se vê obrigado(a) a dividir o seu quarto com ele por uma noite. Acidentalmente, o Sr. Page descobre que Albert Nobbs é uma mulher.
Albert Nobbs se desespera e tem medo que o seu mundo e seus planos de ter uma tabacaria acabem indo por água abaixo se o Sr. Page revelar que ele é uma mulher, mas algo surpreendente acontece, e o Sr. Hubert Page (Janet Mc Teer), ao ver o desespero do Sr. Nobbs, revela ser ele(a) uma mulher também, só que ele(a) é casado com uma mulher, Cathleen (Bronagh Gallagher), a quem ama e por quem é amado(a). Diante desta revelação, Albert Nobbs começa a sonhar com uma vida menos solitária, ao lado de alguém que ele(a) ame e que seja amado(o) também, e se apaixona pela Srta. Helen Daws (Mia Wasikowska), uma das garçonetes do hotel, que por sua vez está envolvida com o Joe Macken (Aaron Taylor-Johnson), o faz tudo do hotel, um analfabeto cafajeste que sonha com uma vida nova na América.
Ao incluir Helen em seus sonhos, a vida de Albert começa a mudar e seus planos começam a correr perigo.
Porque assistir
O filme mostra a dura realidade da pobreza em que as pessoas
são obrigadas a se adaptarem a situações sobre as quais não têm controle, como
é o caso de Albert Nobbs. Não dá para dizer que Albert é lésbica, pois na
verdade ele(a) se adaptou a um outro gênero, diverso do que nasceu, por
necessidade, mas depois de mais de 30 anos sem usar um vestido, no momento em
que coloca um, primeiramente se sente constrangido(a), mas aos poucos vai se
lembrando de como é ser uma mulher e ele(a) parece muito feliz em retomar a sua
sexualidade primitiva.
Preste atenção
A atuação de Janet Mc Teer, como Hubert Paige, é tão
convincente que eu cheguei a acreditar que tivessem feito uma montagem quando
ele(a) abre a camisa e mostra os seios para Albert, e tivessem colocado seios
em um ator masculino. Depois achei que seria uma atriz lésbica ou mesmo transgênero,
de tão perfeita que é sua atuação no filme. Janet Mc Teer é uma mulher lindíssima,
e uma atriz fantástica, pois faz com que Hubert Page seja um homem perfeito!
A atuação de Glenn Close, embora seja primorosa, perde o brilho
perto da veracidade que Janet Mc Teer dá ao seu Hubert Page.
O filme é muito bom e a única crítica que faria é a de que a
atuação de Glenn Close é muito contida como Albert Page, pois na maior parte do
tempo, ele(a) não parece apenas tímidio(a) e como alguém disposto(a) a
preservar a sua identidade, mas lembra mais um robô, um ser sem sentimentos.
Eu assisti ao filme no serviço de streaming NetMovies, que
antes era pago, mas que agora é totalmente gratuito. Têm anúncios durante o
filme, nada que atrapalhe, porém o filme foi interrompido diversas vezes para
exibição de propaganda.
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