O Carnaval que não aconteceu
No ano passado, no início de março, depois de um almoço do
setor feminino da Sociedade Italiana Dante Alighieri, nós juntamos um grupo de
amigas e fomos em uma cafeteria. O carnaval tinha acontecido na semana anterior
e o assunto não poderia ser outro. Foi aí que ficamos sabendo que cinco das
mulheres do grupo tinham feito um bloquinho e participado do carnaval na
Sociedade Hípica, um clube que já teve os seus dias de glória em Bauru, mas que
ainda conserva um baile de pré-carnaval que é famoso na cidade e bastante
comentado nas colunas sociais. Você deve se lembrar que até o ano passado
existiam colunas sociais e colunistas sociais, coisa que praticamente acabou
com a pandemia, pois agora não vamos a lugar nenhum e não existem eventos sociais
para noticiar, mas estamos falando de outros tempos, de coisas que aconteciam
no início de 2020 e antes disso.
Elas mostraram as fotos em seus celulares e confessavam que
o melhor tinha sido antes da festa de carnaval, com o planejamento, reuniões,
comes e bebes, e na noite do carnaval, se juntaram me se arrumarem, se maquiarem
e rirem muito, o que resultou em ótimas fotos.
Eu que não sou lá de carnaval, ou ao menos não sou agora,
pois nos meus tempos de adolescente e jovem adulta, antes do nascimento de
minha filha, não podia ver alguém falando em bloquinho de carnaval, que lá ia
eu, e participava de bloquinho chique, bem como de bloquinho do sujo, para mim
o importante era estar no bloco, vi que estava batendo uma saudade dos bons
tempos dos bloquinhos. Ali na mesa da cafeteria combinamos nos juntar este ano
para fazer um bloquinho ou um blocão e teríamos um carnaval digno de
adolescentes!
2021 deveria ser o ano do nosso carnaval, do nosso bloco,
mas este foi um carnaval que não aconteceu.
Estamos em plena fase vermelha da pandemia, as lojas estão
atendendo os clientes na porta, sem deixar entrar, bares e restaurantes estão
fechados e nem na televisão vai ter carnaval. Meus carnavais eram mais
televisivos do que qualquer outra coisa, pois sempre dava uma olhada nas
escolas de samba, qual era o enredo de cada uma delas, quais famosos estavam
desfilando por qual escola e quais jornalistas estavam cobrindo o carnaval de
rua do Rio de Janeiro e de São Paulo. Também dava uma olhadinha nos trios elétricos
da Bahia.
Até 2020 s vitrines das lojas eram enfeitadas para o
carnaval, e se viam expostas roupas com paetês, shortinhos, máscaras de Rei
Momo imensas pregadas nos vidros das vitrines, serpentinas caindo entre os
manequins, mas este anos não tem nadica de nada nas vitrines, até os
comerciantes desistiram de vender algo referente ao carnaval.
Este é o carnaval que não aconteceu, o nosso carnaval que
não houve, o bloco que vemos são os dos carros enfileirados para vacinar os
idosos em drive thru.
Eu pretendia deixar passar em branco o carnaval e não falar
nada no blog, não porque eu esteja triste por não ter carnaval, mas sim porque
estou murcha (foi a melhor palavra que encontrei para definir o meu ânimo
carnavalesco). É carnaval, e eu espero ler este post em 2022 e respirar
aliviada por tudo ter passado, e espero fazer isto com cílios postiços enormes
e um vestido de paetês.
Como você está se sentindo neste carnaval?
A foto que ilustra o post é do Canva e diz muito sobre o meu
momento.
Betty , não sou de Carnavais. Não tenho paciência. Mas houve um ano em fomos ao Sambodromo, no Rio de Janeiro, para assistir ao desfile que durou até ser dia. Foi uma overdose. Nunca mais me apanham.
ResponderExcluirAqui, em confinamento, não se dá conta da data. Mas, como vê, sou uma negação para a folia.
Beijinhos
Eu nunca fui ao sambódromo, mas ainda quero ir. Acredito que é uma coisa obrigatória. Aqui onde moro fica bem longe do carnaval rico e luxuoso do Rio de Janeiro.
ExcluirBeijos
Eu que nem gosto queria um carnaval este ano! Sigo trabalhando à espera de boas novas
ResponderExcluirEu também. Mesmo não sndo muito de carnaval, dava uma olhadinha nos desfiles das escolas de samba, agora nem isso.
ExcluirBeijos
Olá, querida Betty!
ResponderExcluirSou do tempo de curtir carnavais em clubes, nunca fui ao carnaval de rua. Tenho saudade de vestir meus shortinhos e pular a noite inteira com muito beijo na boca do meu marido.
Que venham bons tempos novamente!
Beijinhos ♥
Eu também ia em carnavais em clubes, mas agora só tem um clube que faz só uma noite de baile de carnaval, e era neste clube que eu queria ir. Planos abortados para este ano. Vão ficar para o próximo.
ExcluirBeijos
Olá Betty,apesar de amar o carnaval,cá na Europa não é nada parecido. Cá na Bélgica as férias de Carnaval é para esquiar. 15 anos de Europa,já não sofro. Coragem ai amiga. Tudo passa .Ano que vem tu festeja em dobro! Beijinhos
ResponderExcluirGostaria de festejar de qualquer maneira que fosse, mesmo que fosse esquiando, mas este ano estamos na pior fase da pandemia no carnaval!
ExcluirBeijos
Esse foi um ano muito estranho mesmo. Em 31 anos de vida não vi nada parecido.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está em Hiatus de verão entre 05 de fevereiro e 08 de março, mas não deixaremos de comentar nos blogs amigos. Também tem posts novos no blog.
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Oi Emerson,
ExcluirJamais imaginei viver algo assim na vida! que esta pandemia vá logo embora, pois já estou cheia dela.
Beijos
Oi Betty... o Carnaval por aqui foi o que postei no Blog, fazendo comidinhas, cuidando da beleza e assistindo séries, rsrsrs Mas bateu uma tristeza quando vi fotos antigas no Face, de reuniões que a gente fazia na casa dos amigos. Pulei um pouquinho no balé, fantasiada, no nosso bloquinho, e foi só. Isso tudo vai passar e vamos pular com muita alegria em 2022.
ResponderExcluirBeijos!!!
Eu vi vc de Branca de Neve, com uma cinturinha de fazer inveja! Deve ser efeito do balé! rsrsrs
ExcluirBeijos